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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Eles existem e sabem como festejar

A torcida do Botafogo acreditou no time e compareceu
Reunidos e em uma só voz, os botafoguenses provaram que ainda sabem admirar seu time no estádio e que também podem fazer uma bela festa nas arquibancadas. O bom público do Maracanã foi inevitável, pois se tratava da partida mais importante do clube desde a final da Copa do Brasil de 1999. Assim como o jogo contra o Juventude, uma vitória significaria uma vaga na fase de grupos da Libertadores, disputada pela última vez em 1996. A principal diferença é que naquela oportunidade havia um título nacional em disputa.


Voltando para 2014, a desconfiança foi deixada de lado e o olhar que tomava conta dos botafoguenses era o de "é hoje". Alguns, lembrando de resultados recentes do time, tinham um sentimento de "hoje não", mas com o mesmo otimismo dos primeiros, só não queriam novos fracassos. Não se incomodavam mais com as músicas criadas pelos rivais sobre a ausência de alvinegros no estádio em momentos decisivos. Fizeram a diferença nas arquibancadas e os jogadores retribuíram em campo. Mereceram mereceu a vitória por 4 a 0. Sem dúvidas, diante do Deportivo Quito, a torcida do Botafogo ensinou um pouco sobre como se fazer uma festa. Estão de parabéns. Mas esperamos que também tenha aprendido.

Wallyson marcou três vezes e foi reverenciado pela torcida
Um estádio lotado eterniza vitórias e todos sabem que torcida ajuda a ganhar jogo. Não sabemos exatamente qual será o rumo da carreira de Wallyson, mas todos os alvinegros lembrarão da noite apoteótica em que um recém-contratado mudou o destino de um clube centenário ao marcar três gols em um Maracanã cheio. Também não sabemos qual será o futuro do Botafogo na Libertadores, mas ontem os torcedores aprenderam que se encherem as arquibancadas podem eternizar momentos que seriam simples se o público fosse de 15 ou 20 mil pessoas.

A torcida do Botafogo pode proporcionar noites inesquecíveis ao atual elenco. Noites que ídolos como Loco Abreu e Seedorf não tiveram. Fizeram muito pelo clube, mas poucas vezes jogaram para mais de 50 mil pessoas em um estádio predominantemente preto e branco disputando uma competição realmente expressiva. Basta acreditar no time que mais momentos serão eternizados e ídolos serão criados. Que daqui por diante a torcida volte a pensar como a de um time grande e divida as arquibancadas igualmente em clássicos, ou chegue perto disto. Que façam os times de fora se sentirem acanhados ao enfrentarem o Alvinegro no Rio de Janeiro. Que acreditem em seus jogadores, por mais limitados que sejam, e tratem seu time como grande, pois ele realmente é. Que venha a fase de grupo da Libertadores!

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