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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma derrota de todos

É difícil olhar para o calendário, ver que estamos em 2014, e acreditar que o comportamento vergonhoso de torcedores do Real Garcilaso ainda podem ser vistos em uma arquibancada. O esporte, além da competitividade, tem o objetivo de unir os povos com disputas sadias. Mas parece que os peruanos vivem uma boa situação financeira e não querem se misturar com os brasileiros, principalmente os negros. Comportamento lamentável de um dos povos mais pobres da América Latina.


Como em muitos países da América do Sul, a etnia predominante do Peru é a mistura de índios nativos do continente com europeus que chegaram aqui há mais de 500 anos. Assim como no Brasil, a miscigenação está presente em um de nossos vizinhos mais pobres. Não se trata de um país habitado por indivíduos de cabelos e olhos claros, como os nórdicos europeus, que não fazem essa vergonha que foi vista ontem. Até acredito que o Tinga faria muito sucesso com as mulheres da Suécia ou Noruega.

Voltando para dentro de campo, generalizando, é normal você ver um time brasileiro encontrar grandes dificuldades ao jogar fora de casa nas competições da América do Sul. Ônibus depredados, fogos no hotel, vestiário sem água e objetos arremessados em campo. Sem contar as condições dos estádios e campos, que seriam vetados até da terceira divisão do nosso campeonato nacional. Aí no jogo de volta, aqui no Brasil, oferecemos os melhores hotéis, melhores estádios e gramados. Nunca jogamos na cara de nossos vizinhos nossa atual superioridade de nossa estrutura. Trágico é acrescentar o racismo aos ingredientes citados anteriormente.

A derrota de ontem não foi só do Tinga ou do Cruzeiro. Todo ser humano que preza o respeito entre os semelhantes se sentiu ofendido com a situação vergonhosa proporcionada pelos torcedores do Real Garcilaso. Clubes do Brasil, federações estaduais e a CBF devem agir com um punho firme. A Conmebol não pode mais permitir que situações semelhantes se repitam. Chegou ao limite e é sempre com um time brasileiro em campo. Não somos pobres coitados, mas está na hora do nosso rótulo de alvo ser deixado de lado. A humanidade saiu perdendo ontem. Ninguém é obrigado a se tratar como um irmão, mas o respeito deve prevalecer.

#FechadoComOTinga

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